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quinta-feira, 18 de maio de 2006

Rota, a temida unidade acusada de execuções, voltou às ruas


Os 600 soldados da temida Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), uma unidade da Polícia Militar de São Paulo com homens especializados no confronto com bandidos, voltaram às ruas de São Paulo com força total desde a última segunda-feira, quando a polícia paulista resolveu acirrar a guerra contra a facção criminosa que matou 44 policiais nos últimos cinco dias. Os carros da Rota, que nos últimos meses estavam estacionadas em pátios da Febem para evitar a fuga de menores, segundo fontes da PM, foram autorizadas pela Secretaria de Segurança a voltar para as ruas. Os soldados da unidade foram instruídos pelo comando a trabalhar com a mesma intensidade das décadas de 70 e 80, quando a unidade era freqüentemente acusada de execuções de marginais.

— A Rota foi criada para a ação em choques e confrontos com bandidos, mas nos últimos meses seus carros vinham servindo para decorar ruas. O governo fez de tudo para enfraquecer a unidade. As viaturas ficavam perto de favelas e em locais de grande circulação apenas para que as pessoas vissem os veículos e comentassem que a Rota estava nas ruas, mas na verdade a unidade não estava em ação. Só agora com o ataque da facção criminosa é que eles foram autorizados a agir novamente — disse uma fonte da PM.

Vinte carros estariam nas ruas para uso de 400 policiais

Esse PM confirma que pelo menos 20 carros da Rota estão nas ruas, para o uso de 400 policiais, já que 20% do contingente ficam no setor administrativo e outros 10% em férias.

— Antes dos ataques à polícia, a ordem do comando era colocar apenas três PMs por viatura e sem armamento como fuzis. Agora, a ordem é pôr quatro por viatura ou até cinco, se couber — completou.

E os policiais da Rota estão usando até submetralhadoras, coisa que não acontecia até a semana passada.

Essa fonte informou que o comando da policia paulista liberou 200 submetralhadoras que estavam estocadas há um ano no depósito do Centro de Suprimentos e Manutenção de Armamentos, instalado ao lado da Corregedoria da PM, no Centro de São Paulo.

— Essas armas foram compradas há um ano e estavam estocadas para serem distribuídas juntamente com entrega de viaturas, para passar à sociedade que o governo do estado estava equipando melhor a polícia paulista — afirmou um major da PM.

Comando da PM nega que armas estivessem estocadas

Ele disse que as submetralhadoras foram distribuídas para os 50 batalhões do interior e outros 50 batalhões da capital e Grande São Paulo. Daria uma média de duas por batalhão.

— Antes disso, havia batalhão sem nenhum metralhadora, enquanto que os bandidos portavam fuzis AR-15 e outras armas mais sofisticadas. Estava uma luta desigual, pois os soldados tinham que enfrentá-los com revólveres 38 — disse o major.

O comando da PM nega que as submetralhadoras estivessem estocadas há um ano. A Secretaria de Segurança também afirma desconhecer a informação, mas lembra que o diretor do Deic, Godofredo Bitencourt, havia pedido, antes da crise, a liberação de recursos para a compra de armamentos ao governador Cláudio Lembo

Helena

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