A Crise da Violência em São Paulo, que até agora era um problema de polícia, ganhou hoje à tarde um tom escancaradamente político depois de declarações do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.
Foi durante uma visita ao Congresso, em busca do entendimento para votar projetos prioritários, que o coordenador político do governo Lula partiu para o ataque. E atribuiu ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a responsabilidade pela crise de segurança no estado.
“Ele quer fazer uma transferência de responsabilidade. Ele deveria assumir as responsabilidades do que está acontecendo em São Paulo”, disse Tarso Genro.
O ministro foi ainda mais incisivo.
“O Governo Federal ofereceu toda ajuda possível, toda ajuda necessária e, segundo vocês mesmos estão informando, o governo paulista, o governo do senhor Alckmin, parece que preferiu negociar com os criminosos do que aceitar ajuda do governo”, falou o ministro das Relações Institucionais.
Em visita a Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o ex-governador, atual pré-candidato do PSDB a presidência da República, não quis comentar as criticas do ministro Tarso Genro.
Ao contrário de Alckmin, os aliados políticos dele no Congresso criticaram duramente as declarações do ministro Tarso Genro. A reação dominou os debates do Senado e aumentou muito o tom das críticas ao governo Lula.
“Eu gostaria de anunciar, senhor presidente, que a decisão tomada pelo PSDB e pelo PFL, é de entrar em obstrução imediata até o ministro Tarso Genro confirmar ou negar o que disse”, falou o senador Arthur Virgílio (PSDB/AM), líder do partido.
“Eu peço ao presidente da República que peça a esse homem que se imediatamente desminta o que disse ou demita. Não pode continuar falando como ministro. Nós cortamos, devemos cortar o diálogo, a oposição brasileira com esse governo que tem um homem que fala uma bobagem, uma leviandade e uma irresponsabilidade deste tamanho”, comentou o senador Tasso Jereisatti (PSDB/CE), presidente do partido.
O vice-líder do Governo no Senado tentou acalmar a oposição e transferiu a responsabilidade das acusações feitas pelo coordenador político do Governo.
“O ministro disse: quem está dizendo isso é a imprensa. O ministro não fez diretamente nenhuma acusação. As informações estão truncadas e, na verdade, não houve esse tipo de acusação direta nem do ministro Tarso Genro nem do governo sobre essa questão”, afirmou o senador Romero Jucá (PMDB/RR), vice-líder do Governo.
No início da noite desta quarta-feira, o ministro Tarso Genro disse que não teve a intenção de atacar o ex-governador Geraldo Alckmin. Mas que não aceita que o Governo Federal seja responsabilizado pela crise em São Paulo.
Helena
1 Comentários:
Os Tucanos viraram Araras
Foi o que se pode assistir em suas declarações raivosas, onde babavam de ódio, em razão da manifestação do Ministro Tarso Genro.
E argumentavam que o Ministro estava dizendo absurdos, pois Geraldo Alckmin nada tem a ver com os acontecimentos trágicos de SP.
Estes senhores, especialmente, Arthur Virgílio e Tasso Jereissati, provavelmente em razão de suas idades avançadas, mesmo que disfarçadas por altas doses de botox, devem sofrer de problemas de falta de memória.
Esqueceram, pois, que, se a culpa é do governo federal, este governo está há menos de quatro anos no poder, enquanto o partido ao qual pertencem (PSDB), esteve por oito longos anos e nada fez.
Esqueceram que o PCC está agindo em SP há mais de dez anos.
Esqueceram que o governador de SP era o SR Alckmin, o qual deixou o cargo há aproximadamente 40 dias.
Olvidaram que, apesar de ter deixado o governo, o seu Secretário de Segurança, o seu comandante da PM, o seu chefe da Polícia Civil, não mudaram e permanecem os mesmos a serviço do Governador Lembo.
Então, diante dos fatos, tentam impor seus gritos. Pensam que assim o povo irá escutá-los e, quem sabe, engolirá suas bravatas. Porém, enganam-se, o povo já não se deixa enganar pelos gritos destes desesperados, que o mais que fizeram, foram deixar que o caos se estabelecesse na terra que vem sendo administrada há 12 anos por este bando de incompetentes.
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