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quinta-feira, 18 de maio de 2006

Apoplexia tucana


Confrontado com a iniciativa do candidato à presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, de transferir para o governo Lula a responsabilidade pelos trágicos acontecimentos de São Paulo, usando o surrado argumento da falta de verbas, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu certeiro. Disse que, ao invés de tergiversar, o ex-governador paulista deve assumir a culpa que lhe cabe no episódio, já que foi a sua administração desastrada na área de segurança, aliada a de governos tucanos anteriores, que possibilitou ao Primeiro Comando da Capital (PCC) assumir a direção do crime dentro e fora dos presídios de São Paulo, que culminou com a funesta megarrebelião. Salientou ainda que entre aceitar a ajuda do governo federal e negociar com os bandidos, o governo tucano-pefelê optou pela segunda alternativa.

A resposta do ministro tocou num nervo exposto dos tucanos, como comprovam as reações dos senadores Arthur Virgílio e Tasso Jeressaiti. O primeiro, aquele que gosta de "carne nova", fez beicinho e anunciou, da tribuna do Senado, a intenção da bancada entrar em regime de obstrução, impedindo as votações no Congresso até que o ministro se retrate de suas declarações, como se o mesmo tivesse dito alguma inverdade. Apoplético, Jereissati, presidente do PSDB, exigiu aos berros a demissão de Tarso Genro. Essas reações destemperadas têm como objetivo desviar a atenção da sociedade da monumental incompetência dos tucanos na gestão da segurança pública em São Paulo e blindar o candidato Alckmin. Mas é inútil, não existe guarda-sol capaz de ocultar tamanho desastre.

Jens

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