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segunda-feira, 15 de maio de 2006

Alckmin se preocupa com campanha e culpa Lula


Preocupado com o impacto da série de ataques do PCC sobre sua campanha, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, que governou São Paulo de 2001 até março deste ano, responsabilizou ontem o governo federal pela crise de segurança no país
Apesar da estratégia tucana , o PSDB não descarta desgastes eleitorais. Por isso, Alckmin acompanhou ontem a crise de perto. Ansioso, telefonou para integrantes do governo, mantendo contato direto com o secretário de Segurança, Saulo de Castro Abreu, e o governador Cláudio Lembo.
Além de prestar contas ao ex-governador, Saulo teve de atender a parlamentares, até para minimizar rumores de que tucanos estão na mira do PCC

União avisou de ataque a atos públicos


A Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão do Ministério da Justiça, encaminhou ao governo de São Paulo gravações telefônicas de líderes do PCC combinando atentados a manifestações públicas no Estado.
De acordo com o que a Folha apurou, o PCC pretenderia priorizar os ataques a atos do PSDB, como comícios. Seria forma de tentar tumultuar o processo eleitoral e gerar eventuais arestas entre simpatizantes do PSDB e do PT.
Nas gravações repassadas às autoridades paulistas, fala-se no uso de coquetéis molotov. Outros tipos de manifestações públicas, como greves e protestos com reivindicações salariais, também poderiam ser alvos de ataques.
A Folha apurou ainda que a PF pretende desencadear nos próximos dias grande operação de combate ao crime organizado.
Essa operação deverá atuar para desarticular ligações entre organizações nacionais e internacionais, possivelmente em áreas localizadas próximas à fronteira.
Nos bastidores, delegados da Polícia Civil paulista têm feito críticas à atuação do secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho. As reclamações já chegaram ao conhecimento do governador de São Paulo, Cláudio Lembo. As críticas são de excesso de truculência, que um grupo de delegados considera desnecessária e contraproducente.
Da parte de Abreu Filho, também há queixas. O secretário tem se defendido com o argumento de que é preciso dureza com os grandes líderes criminosos e que eventuais contestações à sua política só enfraqueceriam a polícia.
Uma das reclamações dos delegados é uma mudança radical de orientação para a segurança entre os governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin. Na gestão Covas, foram implantadas a ouvidoria e uma política menos agressiva. Já na gestão Alckmin, Abreu Filho recebeu sinal verde para endurecer.


Helena

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