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segunda-feira, 27 de março de 2006

O pior dos mundos possíveis


Em entrevista concedida ao jornal "O Globo" (15 de janeiro de 2006), ao ser indagado se pretendia retomar a política de privatizações implementada pelo governo FHC, Alckmin respondeu positivamente e citou os bancos estaduais entre suas prioridades. "A maioria já foi privatizada, mas deveriam ser todos. Tem muita coisa que se pode avançar. Susep, sistema de seguros, tem muita coisa que se pode privatizar", respondeu. Perguntado se os Correios estariam nesta lista de empresas privatizáveis, o governador paulista foi mais cauteloso, mas não descartou a possibilidade. "Correios acho que teria que amadurecer um pouco. Tem muita coisa que não precisa privatizar", afirmou sem especificar quais. E, além das privatizações, acrescentou que pretende valorizar as parcerias público-privadas em um eventual governo tucano.

Em política externa, os tucanos defendem uma maior aproximação com os Estados Unidos, com a retomada das negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alça) e, por outro lado, o afastamento de governos populares como o de Hugo Chaves na Venezuela. Não por acaso, o senador Arthur Virgílio, aquele que gosta de "carne nova"(cuidado!, tirem suas filhas do recinto), elogiou a fala do presidente George Bush destacando a questão da Alça, quando esteve no Brasil, em novembro.

Outras idéias que estão chocando no ninho tucano atingem diretamente os trabalhadores. O sociólogo José Pastore propõe "uma reforma trabalhista radical, com corte de encargos e direitos". Além disso, é um crítico da obrigatoriedade do abono de férias e o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no formato atual (aposto que ele tem uma sinecura em alguma universidade pública ou privada). O deputado Xico Graziano, por sua vez, defende a fusão dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e a criação de uma agência reguladora voltada exclusivamente para o agronegócio. E Raul Velloso propõe a redução de despesas constitucionalmente obrigatórias em áreas como saúde e educação.

Vai ser interessante ver Alckmin defender essas idéias na TV.

JENS

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