Criar o ProMédio para matricular alunos carentes em escolas particulares, à semelhança do ProUni, é promessa possível de cumprir
Análise:É preciso apenas criar uma linha de financiamento e um processo seletivo para escolher os melhores alunos das escolas públicas, como é feito com o ProUni. Promessa fácil de cumprir, diz a Folha tucana
A promessa da presidenciável petista Dilma Rousseff de adaptar o modelo do ProUni ao ensino médio, a julgar pelas suas declarações à rádio Paiquerê, é perfeitamente viável.
No ensino superior, apenas 24% das matrículas são públicas. Com poucas vagas gratuitas, muitos alunos de baixa renda deixam de estudar por não ter como pagar.
O ProUni ataca o problema alocando esses jovens em instituições privadas, mas com dinheiro público.
No ensino médio, a rede pública responde por 86% das matrículas. O problema, portanto, não é de falta de vagas gratuitas, mas de má qualidade do ensino.
Para definir quem seria beneficiado pelo "ProMédio", o governo provavelmente precisará submeter estudantes a um concurso, do qual passarão apenas os melhores.
Será um incentivo para que os talentos que hoje estão no ensino público migrem para o particular.
De um lado, pode-se argumentar que os jovens selecionados terão acesso a um ensino de melhor qualidade caso migrem para uma escola top, pois vale lembrar que há particulares de péssima qualidade também.
Quem certamente ganhará com isso, no entanto, serão as escolas particulares, que receberão os melhores alunos do setor público e, sem muito esforço, aumentarão ainda mais sua vantagem.Folha tucana
6 Comentários:
Oi Helena!
É importante destacar um aspecto que não está na matéria: somente com a aprovação do FUNDEB, em 2007 e com o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação o ensino médio passou a contar com financiamento. Diga-se o custo-aluno materializando parte significativa do repasse constitucional vinculado; a política de livro didático, de alimentação escolar, transporte. Isso não foi fácil. Na época do FHC a política ficou focalizada no ensino fundamental, seguindo a lógica bem limitada da Conferência de Jontiem. Santa Rita de Cássia que nos proteja das análises do PIG. Obrigada, Helena.
Ah, Helena, ia esquecendo...
O tema da educação integral e em tempo integral comparece na Campanha e esse tema ajuda a gente a encer esse maniqueísmo escola particularX escola pública. Quando o pouco tempo que as crianças, adolescentes e jovens passam na escola estiver na boca do cidadão comum, a gente vai ver que é um tema unificador. Tem um núcleo duro da educação que fica esprimido nas quatro horas previstas no Artigo 34 da LDB (português, matemática, história, geografia...etc) e tem um monte de habilidades e linguagens que estão terceirizadas nos cursos de língua, nas escolinhas de tudo quanto é tipo (capoeira, karatê, balé, línguas estrangeiras, "reforço escolar",fotografia, violão e conservatórios...). Esse monte de habilidades e linguagens acaba servindo de apoio ao desenvolvimento intelectual, mas não conta como conteúdos escolares. Gente isso unifica o debate porque qualifica a demanda por educação de qualidade. Eu tô muito feliz com meu, seu e nosso Presidente Metalúrgico.
Se é fácil, por que eles não fizeram?
Temos que sair na rua pessoal e acabar com os PIGs.
Pigrela!
Não é que eu seja contra,mas mais importante do que cirar um pró-médio para dá dinheiro público a escola privada é melhorar a escola pública.Sou professor a 20 anos de escolas particulares e eu sei como muitos sabem que não seria com vontade política e bom senso melhorar e tornar inclusive a escola pública melhor que as particulares.
Pìor pode-se criar a idéia de dois tipos de alunos nas particulares.Os que podem pagar e os que o governo pagam.Pode gerar inclusive descriminação.Ás vezes bons alunos de escolas públicas recebem bolsa gratuitas nas particulares por que elas percebem que eles podem dá resultado,ou seja,passar no vestibular em um curso de destaque.
Melhorar o ensino público.As escolas federais são um exemplo de que isto é poss´vel.
É DILMA NO PRIMEIRO TURNO PARA O BRASIL CONTINUAR MUDANDO.
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