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domingo, 17 de dezembro de 2006

Reajuste salarial de 91% beneficiará "mensaleiros


O aumento salarial de 91% auto-concedido pelos deputados federais e senadores na semana passada, que eleva os vencimentos para o teto de R$ 14,5 mil, vai beneficiar pelo menos três envolvidos com o escândalo do mensalão, mesmo que não tenham perdido o mandato parlamentar. Aposentados há cerca de um ano, Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) terão direito ao reajuste, que valerá também para os inativos e pensionistas do Congresso.

Dos R$ 157 milhões extras necessários para custear o aumento, R$ 67,3 milhões ou 43% serão destinados exclusivamente para pagar os aposentados e pensionistas da Casa, além de bancar a contribuição patronal à Previdência Social. O restante - R$ 89,6 milhões - irá se destinar aos parlamentares na ativa. Autor das denúncias do mensalão, Jefferson obteve aposentadoria em outubro do ano passado, um mês após ter seu mandato cassado no plenário da Câmara. Por conta dos 14 anos de contribuição como deputado federal, o atual presidente do PTB pasou a ganhar R$ 8.883 mensais e vai receber, a partir de fevereiro, R$ 16,9 mil.

Já Pedro Corrêa, ex-líder do PP, também cassado em plenário, receberá R$ 15,4 mil por mês. Por sua vez, José Borba, que renunciou para evitar a perda do mandato e dos direitos polítiticos, terá seus vencimentos reajustados de R$ 5.542 para R$ 10,5 mil.

150 parlamentares receberão mais que o teto constitucional

O reajuste de 90,7% para parlamentares aprovado na semana passada fará com que 150 deputados e senadores recebam vencimentos acima do teto constitucional de R$ 24,5 mil. Levantamento sigiloso feito pelas cúpulas da Câmara e do Senado apontou que isso ocorreria uma vez que 25% dos senadores e deputados recebe aposentadorias do serviço público. O acúmulo de rendimentos seria proibido pela Constituição, mas foi legalizado sem alarde há um ano pela Câmara e pelo Senado. As informações estão na edição de domingo do jornal O Estado de S. Paulo. Servidores de alto escalão também seriam beneficiados pela medida. Mozart Viana, secretário-geral da mesa da Câmara, acumula remuneração de R$ 37 mil depois de se aposentar e ser contratado como funcionário comissionado. Os parlamentares teriam apelidado o subterfúgio de teto dúplex... Agora é a hora de perguntar...QUE PAÍS É ESTE? Uns com muito e muitos sem nada.Será que essa cambada de filhos da puta ladrão não tem vergonha na cara?. E para quem anda dizendo que o petista Henrique Fontana votou contra o aumento. Estão esnganado: No total, 26 parlamentares votaram a favor do reajuste, sendo que um deles, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), apresentou uma proposta alternativa de que não tinha posição e respeitaria a decisão da reunião, o que acabou vencendo o sim do reajuste, portanto ela ficou a favor.

Além de Ideli, outros dois deputados apresentaram propostas alternativas. Henrique Fontana (PT-RS) optou pela reposição da inflação, o que elevaria o valor do salário para R$ 16 mil.Mas como não deu certo, ele ficou a favor do aumento dos 91%. Já Chico Alencar (Psol-RJ), sugeriu um aumento baseado na média do reajuste dos servidores públicos, de 17%.

A única que votou totalmente contra o aumento para R$ 24,5 mil foi a senadora Heloísa Helena (Psol-AL).De resto não salvou ninguém.


Helena

1 Comentários:

Anônimo disse...

É imoral, é revoltante, é indecente. E todo mundo vai esquecer desse absurdo em uma semana. Ou não: http://memoriadeelefante.wordpress.com

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