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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Lúcio Funaro cita propina de R$ 13,5 milhões a Temer



O doleiro Lúcio Funaro teria afirmado, em sua delação, que o presidente Michel Temer "sempre soube" de todos os esquemas tocados pelo ex-deputado Eduardo Cunha. “Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer”, acusa Funaro. As informações são da revista Veja.

O delator teria citado dois repasses a Temer. Um deles, de R$ 1,5 milhão, veio do grupo Bertin. O segundo, em 2014, saiu de um acerto com a JBS. Segundo a reportagem, Funaro conta ter intermediado um pagamento de R$ 7 milhões da JBS que tinha como destinatários Temer, Cunha e o ministro da Agricultura na ocasião, Antônio Andrade.

Ainda segundo a revista, o presidente teria também intermediado um pagamento de R$ 5 milhões de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, à campanha do então deputado Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012. No total, os valores citados somam R$ 13,5 milhões.

A reportagem afirma que o doleiro admite nunca ter conversado sobre dinheiro diretamente com Temer, “pois essa interface era feita por Eduardo Cunha”, mas declara que era informado por Cunha sobre as divisões da propina.

Homologação

O ministro Luiz Edson Fachin, relator dos casos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou, na terça-feira (5), a delação de Lúcio Funaro. Considerado por investigadores da Operação Lava Jato como operador de propinas do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Funaro teria narrado fatos envolvendo também outros políticos do PMDB da Câmara. Ele está preso há mais de um ano no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.

Com a homologação, caberá a PGR usar os fatos delatados pelo empresário nas investigações envolvendo os processos a que o colaborador está envolvido, podendo basear acusações contra parlamentares, ministros do governo e o presidente Michel Temer.

Funaro é processado pela Justiça Federal em Brasília em três investigações da Polícia Federal (PF) – Greenfield, Sépsis e a Cui Bono – que envolvem suspeitas de desvios de recursos públicos e fraudes na administração de quatro dos maiores fundos de pensão de empresas públicas do país: Funcef (Caixa), Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correios). O empresário também foi citado nas delações da JBS.

Funaro é testemunha-chave em processos que envolvem o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima.

1 Comentários:

redomona disse...

Coitadinho decerto nem viu porque a pescoçuda gastou com o pequeno meliante no shopping!!

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