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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Odebrecht acusa Aécio como ‘organizador’ de fraudes e propinas na Cidade Administrativa



Ex-governador de Minas Gerais e candidato derrotado à Presidência da República em 2014, Aécio foi citado nas delações feitas por Marcelo Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Sérgio Luiz Neves, Cláudio Melo Filho e Henrique Valladares. Nas denúncias apresentadas ao STF, o Ministério Público Federal (MPF) diz que o tucano praticou os crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é apontado por delatores da Odebrecht como o organizador de ‘um esquema para fraudar processos licitatórios’ na construção da Cidade Administrativa, em Minas. O tucano e o ex-presidente da Codemig, responsável pela licitação, Oswaldo Borges da Costa, serão investigados em um inquérito no Supremo Tribunal Federal, pedido pela Procuradoria-Geral da República e autorizado pelo relator da Operação Lava Jato na Corte, ministro Edson Fachin. O Estado teve acesso com exclusividade a despachos do ministro, assinados eletronicamente no dia 4 de abril.

“Consoante o Ministério Público, os referidos colaboradores apontam, por meio de declaração e prova documental, que, no início de 2007, o senador Aécio Neves da Cunha, recém-empossado para o segundo mandato de governador do Estado de Minas Gerais, teria organizado esquema para fraudar processos licitatórios, mediante organização de um cartel de empreiteiras, na construção da ‘Cidade Administrativa’ (ou ‘Centro Administrativo’) de Minas Gerais, com o escopo último de obter propinas decorrentes dos pagamentos das obras”, destaca Fachin.

O inquérito sobre Aécio é embasado nas delações dos executivos da Odebrecht Sérgio Luiz Neves e Benedicto Barbosa da Silva Junior.

A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves é a sede do governo do Estado de Minas Gerais. Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, Cidade Administrativa foi inaugurada em 2010 e custou mais de R$ 1,2 bilhão.

O projeto foi pago pelo governo de Minas e fechado pelo então governador. A Odebrecht liderou o consórcio que construiu a Cidade Administrativa, junto com a Queiroz Galvão e a OAS. A responsável pelo contrato foi a estatal Codemig.

A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais já investiga suspeitas de fraude à licitação nas obras da Cidade Administrativa de Minas.

Inquérito civil público foi aberto em setembro do ano passado após vir à tona que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro citaria em delação premiada na Operação Lava Jato o pagamento de propina de 3% do valor do empreendimento a um dos principais auxiliares do tucano, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho.

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