Em meio ao acirramento nas discussões sobre a reforma da Previdência, o governo liberou pela primeira vez no ano um lote grande de recursos para obras indicadas pelos congressistas, as chamadas emendas parlamentares.
A verba distribuída atende obras já em execução, que haviam sido apresentadas por deputados em anos anteriores a 2017. Elas continuaram em andamento, mas ainda não tinham recebido recursos do governo neste ano para bancar as novas etapas.
A liberação ocorre no momento em que o governo tenta evitar que partidos da base aliada tentem mudar os pontos principais da proposta.
Os mais de dois meses sem liberação de recursos foram alvo de queixas de prefeitos e deputados, que, no início do ano, bateram à porta de ministérios questionando o motivo da paralisação.
Segundo a Folha apurou com membros do governo e com parlamentares, os volumes direcionados às bancadas de seis partidos da base chegaram a cerca de R$ 300 milhões.
De acordo com dois integrantes da equipe de articulação política de Michel Temer, o total pago a toda a base atinge R$ 800 milhões.
As listas de quais obras receberão os recursos foram encaminhadas às bancadas e ministérios na semana passada. Foram contempladas pastas como Saúde, Cidades e Turismo.
As emendas são a maneira como parlamentares direcionam recursos para obras em suas bases.
Pouco antes da liberação, a Secretaria de Governo havia informado que o pagamento dependeria da "obtenção de disponibilidade financeira junto ao Tesouro" e da "verificação do andamento de cada convênio e contrato de repasse respectivo".
Há ainda razões técnicas que podem ser usadas para evitar o pagamento de recursos.
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