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segunda-feira, 6 de março de 2017

Janot pedirá investigação de ministros e aliados de Temer



O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá nos próximos dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar pessoas citadas nas delações premiadas da Odebrecht, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo na edição deste domingo, incluindo aliados do presidente Michel Temer, como os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Da bancada do PMDB no Congresso, entre os nomes que estão na lista da Procuradoria-Geral aparecem o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), o líder do partido e ex-presidente da Casa, Renan Calheiros (AL) e os senadores Edison Lobão (MA) e Romero Jucá (RR), de acordo com a reportagem. 

Também integram a lista os senadores do PSDB José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
Conforme o jornal, Janot ainda vai requerer o desmembramento para instâncias inferiores de casos envolvendo políticos sem foro no STF citados nos depoimentos, entre eles os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e os ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci.
As pessoas citadas na reportagem têm negado qualquer irregularidade relatada por executivos da Odebrecht.

A lista de Janot

O fim do recesso de carnaval, nesta segunda-feira (6), traz na política brasileira uma grande expectativa com relação às próximas semanas. Expectativas em torno da abertura de inquéritos que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deverá solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) agita a cúpula do governo. O fim do sigilo das delações de executivos da Odebrecht - que prometem não deixar pedra sobre pedra - também é esperado para as próximas semanas. No Congresso, as votações das propostas do governo - como a reforma da Previdência - também deverão ser um capítulo à parte. 

Os vazamentos de trechos de depoimentos de executivos da Odebrecht no âmbito das ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a chapa Dilma-Temer, nas últimas semanas, já foram suficientes para abalar as estruturas do governo. Marcelo Odebrecht e Benedicto Junior deram uma mostra do tamanho do estrago que os depoimentos de executivos da empresa serão capazes de fazer.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá nos próximos dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos baseados nas delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Ministros do governo de Michel Temer, senadores do PMDB e do PSDB devem estar na lista.

A expectativa é de que mais de 200 pedidos sejam feitos, com base nas delações. Cerca de 950 depoimentos dos 77 delatores vêm sendo analisados desde dezembro.

Votações no Congresso

Enquanto isso, o presidente Michel Temer articula para fazer serem aprovadas no Congresso as medidas propostas pelo governo. Para garantir o sucesso nas votações, neste fim de semana Temer decidiu que o deputado André Moura (PSC-SE) será o novo líder do governo no Congresso. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), por sua vez, será o novo líder do governo no Senado. Recentemente, Moura - que é aliado do deputado cassado Eduardo Cunha - foi retirado de liderança do governo na Câmara.

A manobra tem por objetivo estancar a ameaça do chamado Centrão de não votar a reforma da Previdência. André Moura dizia ter 50 parlamentares com ele, e chantageava o governo.

Por sua vez, há um grupo de senadores e deputados do partido que não querem Romero Jucá na liderança do Senado. Leia também: Aécio mirou Dilma, acertou o próprio pé e agora é torrado pelas empreiteiras


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