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sábado, 3 de dezembro de 2016

Ex-deputado diz que corrupção no MT ocorria desde 1999



O ex-deputado estadual do Mato Grosso José Riva,(PSD) que responde a mais de 100 processos, afirmou em depoimento à Justiça que participou de esquema de desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa de Mato Grosso no período de 1999 a 2002. As irregularidades, segundo ele, estão relacionadas a dívidas com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

"Eram dívidas com factorings e agiotas, a maior parte com o Arcanjo, cerca de 65%, que já vinham se arrastando há muito tempo e eram maiores que o orçamento da casa", disse o ex-parlamentar em depoimento à juíza da vara Especializada Contra o Crime Organizado de Cuiabá, Selma Rosane Santos de Arruda.

Riva ainda relatou envolvimento do deputado estadual e prefeito eleito Emanuel Pinheiro (PMDB), do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) e do ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Humberto Bosaipo.

O interrogatório feito a pedido da defesa de Riva é parte das 17 ações penais relacionadas à Operação Arca de Noé que ele responde na Justiça. Antes, as ações corriam na Justiça Federal por causa do foro privilegiado que Riva detinha. Nestas ações, ele responde pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.

A operação Arca de Noé foi deflagrada em 2002 e desbaratou um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa. Segundo denuncia, o montante desviado passou de R$ 22 milhões. A dívida da Casa, segundo Riva, era de aproximadamente R$ 25 milhõesRiva disse que, para conseguir quitar as dívidas, provenientes de campanha eleitorais de parlamentares, recorreu ao então governador Dante Martins de Oliveira (morto em 2006).Assembleia Legislativa com o Arcanjo".

Para justificar os repasses, eram usadas empresas de fachada, por meio de licitações direcionadas, as "licitações de mural". A necessidade do serviço era divulgado somente no mural da Assembleia "para facilitar que as empresas usadas para lavagem de dinheiro ganhassem a licitação". Ele disse acreditar que tenha pago cerca de R$ 45 milhões ao ex-bicheiro. Estadão

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