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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Vamos tentar outra vez!


“Tente! E não diga que a vitória está perdida.
Se é de batalhas que se vive a vida.
Tente outra vez!”
Raul Seixas e Paulo Coelho


Veja! Lula escreveu a canção mais linda da política brasileira. Com fé em Deus e fé na Vida, venceu a barreira da mortalidade infantil e da fome. Com seus dois pés, cruzou a ponte da miséria e da ignorância para beber a água viva da fonte das lutas populares.

Beba! De retirante a líder sindical operário, enfrentou a ditadura com um movimento que transformou as relações entre capital e trabalho no país. Quando parecia ter fracassado, depois dos movimentos grevistas que o levaram à prisão, ele levantou a mão sedenta de justiça social e recomeçou a organização dos trabalhadores para construir uma central sindical e um partido político.

Tente! A cabeça não aguenta se você parar, Lula. Aquela voz cantando, dançando, girando e bailando no ar dizia que era você o escolhido para libertar o povo brasileiro da miséria, da fome, da falta de esperança, da indignidade. Quase chegou lá, mas ainda não era a hora certa.

Tente! Ele tentou mais uma e mais outra vez. Quase desistiu. Até que desejou sincera e profundamente sacudir o mundo. Tinha que jogar o jogo com a lógica dos poderosos para alcançar o poder. Era preciso construiu uma coesão nacional para dar um grande salto no nosso capitalismo, colocando-o no rumo da utopia socialista. Enfrentou dificuldades e incompreensões. Os homens fortes de seu governo caíram em desgraça.

Tente outra vez! A vitória da reeleição parecia perdida depois do Mensalão. Mas era apenas mais uma batalha. A sede de combater as injustiças, o preconceito, a miséria, a fome, a falta de esperança e de perspectivas do povo brasileiro mais pobre falou mais alto. Com a ajuda de uma mulher corajosa, ele recolocou o Brasil nos trilhos do desenvolvimento, sem abrir mão da justiça social.

Sonhe! O Brasil sonhou junto e conseguiu realizar o sonho de ser mais respeitado no mundo, de implementar e ampliar programas sociais que reduziram drasticamente os índices de miséria, de mortalidade infantil, de desnutrição, de evasão escolar, de falta de moradias populares, e que aumentaram substancialmente os índices de emprego, renda, consumo, lucros, crescimento econômico, longevidade e ingresso de negros e pobres nas universidades.

Sonhe outra vez! Lula resgatou a autoestima do nosso povo. Enfrentou a crise econômica mundial com a coragem dos verdadeiros estadistas. Convenceu o mundo de que somos capazes de realizar grandes eventos mundiais quando trabalhamos juntos pela grandeza do Brasil. Deu a cada um de nós um baita orgulho de ser brasileiro. E conseguiu vencer mais preconceitos ao escolher e eleger como sucessora uma mulher que combateu a ditadura na juventude e foi fundamental para o sucesso que lhe rendeu a mais alta popularidade de um governante brasileiro ao fim de seus mandatos.

Faça! Dilma teve coragem de enfrentar o capital e os interesses geoestratégicos de grandes corporações. Ampliou os programas sociais e os investimentos em infraestrutura. Estava preparando o terreno para outro salto no nosso desenvolvimento, sem ceder às chantagens dos empresários e políticos. Sem esvaziar as operações de combate à corrupção. E sem perceber que o ovo da serpente das alianças oportunistas estava sendo chocado na Petrobras pelo manto podre do nosso sistema político-partidário.

Perceba! Então, nós descobrimos que Lula e Dilma não tinham vencido o preconceito contra a classe trabalhadora e contra as mulheres no poder. Ele estava só recolhido e foi perdendo a vergonha na mesma medida em que aumentava a fragilidade do governo, despertando a reação e liberando o ódio silenciosamente alimentado pelas oligarquias. Foi duro de ver.

Lute! Não importa. Temos que continuar a luta, porque a vitória não está perdida. Foi só mais uma batalha na nossa vida. Temos força, coragem, dignidade e sede de justiça. Não vamos parar. Vamos limpar a lama na água viva da fonte. Reparar os danos. Corrigir os erros. Reunir forças e resistir aos retrocessos.

Tente outra vez! Acho que essa música do Raul deveria se tornar o Hino dos Movimentos Sociais daqui para frente. Não dá para achar que tudo acabou e não teremos mais chance de avançar nas conquistas sociais. Lula passa, Dilma passa, o PT pode passar, mas as lutas sociais ficam até alcançarmos a Justiça na sua plenitude. Nossa força está na justiça da nossa causa.

Vamos à luta!

O Presidente Lula nos ensinou que ninguém respeita quem não se respeita. Vamos levantar a cabeça e seguir em frente na luta por uma sociedade mais justa, democrática e solidária. A democracia não aguenta se a gente parar. A Presidenta Dilma nos mostrou que manter a dignidade é mais importante que manter o poder. Ao vencedor, as batatas. Ao lutador, a dignidade e a integridade. A história não acaba aqui. Nada acabou.
Vamos tentar outra vez!


2 Comentários:

Madalena França disse...

Vamos sim. Tentaremos quantas vezes for preciso! O presidente Lula é Orgulho de Todos nós. " O Mandela do Brasil" Dilma Gurreira# tamos juntos!

Madalena França disse...

Nasci na extrema pobreza, andei descalço, dormi com fome, e até ao relento algumas noites e me tornei escritora poética. sou professora de História e teria muito Orgulho se esse poema chegasse as Mãos da Guerreira Dilma e Do Presidente lula:Grande dor no céu de Agosto
Nos registros deste dia
Oh, 31 sem razão
Os espelhos da crueldade
Assassinaram a nação.

Eu nasci na Ditadura
E sonhando com a justiça
Vi sorrir a liberdade
Sinto hoje a vida vazia
Num estúpido assassinato
Mataram a Democracia.

O céu molhou com lágrimas
O Nordeste Brasileiro
No desalento de um povo
Que venceu a sede e a fome
Virou doutor foi pra escola
Lula e Dilma nos deu nome.

A História aqui registre
Nos versos deste poema
O inconformismo de um povo
Que cumpriu sua missão
De encaminhar o Brasil
Para uma grande nação.

Nas asas da liberdade
Ousamos voos profundos
Acabamos liquidados
Pelas ambições de um mundo
Que ao povo desrespeita
Condenando uma inocente
Democraticamente eleita.

Me envergonho de um Brasil
Onde o povo não tem voz
Onde o negro não tem vez
O ministério não tem mulheres
E o governo o poder tomou
Esse Brasil que hoje começa
Pra nós não tem mais valor.


Hoje o Brasil se divide
No da gente que contruiu
E no da gente que derrubou
A democracia de um povo
Que a duras penas conquistou.

Quanto Sangue derramado
Quantas vidas dilaceradas
Nos cárceres e nas prisões
Nas torturas e paus de arara
Choro à Democracia
Novamente exterminada.

Triste dia!
Luto, dor, lágrimas, indignação!
Repudio todo aquele
Que envergonhou a nação.
Dilma coração valente
O bom Brasil lhe agradece
Sua luta e sua garra
O mundo jamais esquece.

Obrigada.
Deus lhe guie
Durma em paz
Seja feliz
O travesseiro macio
É a consciência tranquila
És das flores a mais bela
Nossa eterna Margarida!


Por Madalena França.

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