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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Barbeiragem do MPF contra Lula parece até coisa de Maquiavel tucano para blindá-los na Lava Jato.

Atualizado em 16/09/2016 as 13hs (*).

O PT já foi "sangrado", Dilma já foi derrubada, Lula já teve a vida devassada, difamada, mas não encontraram nenhuma prova de verdade contra ele. Só falta aniquilarem Lula.

Agora a fila teria que andar. Fatos novos na operação Lava Jato (alguns nada novos, apenas não andaram)  jogam holofotes nas cúpulas do PMDB e PSDB, os dois partidos que dividem hoje o poder político de fato no Brasil, representando o poder econômico, inclusive estrangeiro.

O que faria um Maquiavel tucano ou peemedebista?

Desejaria que alguém da Lava jato fizesse uma armação tão escancarada contra Lula, que matasse dois coelhos com uma cajadada só. Além de enxovalhar sua imagem para queimá-lo como líder popular, causasse indignação até internacional para a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal ter justificativa para acabar com os holofotes e vazamentos na Lava Jato. Talvez até tomar o controle da operação esvaziando Curitiba. Seja jogando os processos contra tucanos e peemedebistas que vem por aí para segredo de justiça, seja levando processos para tribunais superiores, seja pelo menos dando jeito da tramitação ser discreta (como ocorreu e ainda ocorre com o mensalão tucano até hoje).

Os sonhos do Maquiavel tucano se realizaram na apresentação pelo MPF da denúncia de ontem contra Lula com direito a powerpoint, que geraram piadas na internet.

Até o fanático antilulista Reinaldo Azevedo, da Veja, está exultante nas criticas contra o procurador que a revista antes retratava como herói: Diz que “Constrange os meios jurídicos (...) Até Moro achou um “desastre” o “stand up” de Dallagnol (...) o clima no staff de Janot era de desalento. A avaliação quase unânime é que Dallagnol se perdeu, (...) o MPF terá de se dedicar ao esforço defensivo de demonstrar que nada tem contra Lula" (ou seja, o MPF terá de provar quer não persegue Lula politicamente).

O jornal "Folha de São Paulo" diz em editorial publicado nesta quinta-feira que "Ao menos por ora, fica a impressão de que, sem conseguir apresentar evidências mais robustas contra Lula, o Ministério Público Federal tenta suprir a lacuna com retórica (...) Causa estranheza que, num esquema descrito com tantas hipérboles, a parte do "comandante máximo" se resuma a valores inferiores aos obtidos por figuras sem expressão política".

Na imprensa internacional, no Chicago Tribune e na BBC diz: 'Fosso' entre acusação e prova põe em xeque futuro da Lava Jato.

Até colunista de "O Globo" escreveu "Os procuradores, com o exagero de ontem, conseguiram colocar em risco toda a credibilidade a importante operação Lava jato".

Tenho a convicção, para usar o termo da moda, de que o interesse nessa narrativa para varrer a Lava jato tucana e peemedebista para baixo do tapete se sobrepôs até ao de tripudiar sobre Lula, mesmo entre anti-lulistas.

Quem foi inocente útil e usado nesta história já deve estar se arrependendo.

(*) O título estava dizendo que seria para enterrar a Lava Jato. Mas ficou incompleto. Enterrar só parte da Lava Jato: aquela que atinge tucanos e peemedebistas.

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