Pages

terça-feira, 21 de junho de 2016

Banco da Odebrecht para propina pode ajudar a esclarecer 'listão' com nome de Aécio


Senador Aécio Neves (PSDB) é um dos apontados como beneficiário do esquema


O delator da Lava Jato Vinícius Veiga Borin afirmou aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que a Odebrecht comprou a cota majoritária de um banco em Antígua, arquipélago no Caribe usado como paraíso fiscal, para operar recursos de propina no exterior. Este banco seria mantido com apoio do grupo Petrópolis, da Itaipava, e pode ajudar a esclarecer o conteúdo da grande lista apreendida na empreiteira em março, que já apontava para o possível uso da cervejaria para mascarar doações eleitorais a políticos.

De acordo com Borin, foi movimentado US$ 1,6 bilhão no Meinl Bank Antiqua, e a maior parte disto era ilícito. Ele revelou que a compra do banco pela Odebrecht e pelo empresário Walter Faria, do grupo Petrópolis, visava facilitar o pagamento de propinas.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, o delator não envolve diretamente a cervejaria no esquema, mas informa que ela era sócia da Odebrecht no banco e que distribuidoras de bebidas ligadas ao grupo Petrópolis fizeram doações eleitorais. O jornal lembra ainda que a lista encontrada em março na Odebrecht mostra doações dessas empresas a políticos como Aécio Neves (PSDB-MG).

A Leyroz, ligada ao grupo Petrópolis, doou R$ 1,6 milhão a Aécio e ao PSDB em 2010, quando o tucano concorreu ao Senado Federal. Na ocasião, Aécio declarou que as doações foram legais e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral.

Além de Borin, os sócios dele Luiz Augusto França e Marco Pereira de Sousa Bilinski também firmaram acordo de colaboração com o MPF. O acordo, que ainda não foi homologado pelo juiz Sérgio Moro, detalha a compra do banco e o caminho dos recursos.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração