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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Impeachment de Dilma ganhou ares de golpe, diz francês 'Libération'



Enquanto o tucano José Serra, o "chanceler biônico", dá ordens para diplomatas a combater  a notícia golpe, a imprensa estrangeira estampa manchetes na capas de jornais:"Impeachment de Dilma ganhou ares de golpe, diz francês 'Libération'

Embaixadores brasileiros ao redor do mundo receberam nesta terça-feira (24) uma circular instruindo como devem "combater ativamente" as acusações de que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff tenha sido "golpe".

O documento de autoria do gabinete do ministro José Serra, afirma que "órgãos de imprensa, acadêmicos e membros da sociedade civil, mas também dirigentes de organismos internacionais e representantes de governos, têm-se manifestado, frequentemente de forma imprópria e mal informada, a respeito do [...] processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff".

E, logo depois, completa: "Os equívocos porventura cometidos no tratamento de temas da realidade brasileira por autoridades locais na jurisdição do posto, geradores de percepções erradas sobre o corrente processo político no Brasil, devem ser ativamente combatidos por vossa excelência".

Não calarão a imprensa internacional

Veja  a manchete do jornal  francês 'Libération' nessa  quarta feira (25): :"Impeachment de Dilma ganhou ares de golpe, diz francês 'Libération'

Em um país em recessão, a revolta popular foi instrumentalizada por políticos corrompidos para depor a presidente Dilma Rousseff, escreve a correspondente do jornal francês "Libération" Chantal Reyes. "Sabemos agora que as motivações para destituí-la não tinham nada de nobre", diz, antes de resumir as conversas nas quais Romero Jucá (PMDB-RR) defende uma "mudança de governo para parar tudo", ou seja, frear as investigações do gigantesco escândalo de desvio de recursos da Petrobras.

A conversa entre Jucá e Sérgio Machado, ex-diretor da Petrobras, traz para dentro do escândalo o PSDB, partido de oposição, de centro-direita. Mas o que é pior, segundo o "Libération", é que o Supremo Tribunal Federal, de acordo com a conversa registrada, pensava que destituir a chefe de Estado reduziria a pressão popular sobre a Lava Jato.

Para a publicação, "a legitimidade do governo interino está mais comprometida do que nunca" e a única "caução" deste governo é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, respeitado pelos mercados.

"Libération" elabora uma lista de perguntas que ainda precisam ser esclarecidas depois dessas "revelações explosivas": Há quanto tempo o procurador-geral da República tinha essas gravações nas mãos? Por que as conversas, gravadas em março, ou seja, antes do voto no Congresso que determinou a abertura do processo de impeachment, não foram divulgadas antes?

Deixa evidente é a deterioração de toda a classe política, diz o texto.

"Dificilmente a presidente vai recuperar seu cargo, mas também é pouco provável que haverá eleições gerais antecipadas no país" finaliza o texto.

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