Pages

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Dilma: governo estuda concessão de poços de exploração de petróleo em terra



A presidente Dilma  disse que pretende promover em curto prazo o leilão dos blocos do pré-sal. Segundo ela, em princípio o pré-sal continua "extremamente vantajoso e viável" para o Brasil.

- Obviamente, se o preço continuar caindo, todo mundo vai rever o que fará - acrescentou, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.A presidente informou ainda que o governo estuda a concessão de poços de exploração de petróleo em terra.

Questionada se o governo continuaria segurando os leilões para exploração do pré-sal, Dilma disse duvidar que alguém fará esse tipo de leilão com o preço do barril a US$ 30, como ocorre atualmente.

- Ninguém faz leilão de bloco de exploração com o barril a US$ 30, a não ser que você queira dar para alguém. Duvido que alguém faça, a não ser que esteja em dificuldade, precisando de dinheiro. Acho que enquanto a gente não estiver precisando fazer isso, com esse cenário. Licitar em 30 anos, a US$ 30, o bloco do pré-sal? Você sabe onde está o petróleo, qual é a qualidade dele. É dar.
De acordo com Dilma, talvez possa haver leilão nos poços menores.

- Nós estamos olhando isso, principalmente naqueles chamados poços em terra. Que são áreas menos rentáveis, em que o nível de perda no futuro não é grande assim.

Para ela, certamente o governo tem todo o interesse de fazer o leilão dos blocos de exploração.
- Até porque nós ganhamos, no caso do pré-sal, na outorga e depois da outorga. Então, é do nosso mais absoluto interesse - destacou.

Para presidente, denúncias recentes sobre corrupção "são repetições"

Dilma fez também uma crítica aos vazamentos das investigações da Operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras: disse que as últimas denúncias que têm sido divulgadas na imprensa sobre pedidos de doações a campanhas eleitorais para o PT "são repetições." Ela se ofereceu para fornecer todos os documentos sobre as licitações e contratos assinados pela estatal.

- Nos últimos dias tem havido denúncias. Essas denúncias são de vazamentos públicos. Eu não sei nem se as delações foram feitas ou não, se é delação de quem, vazamento de quem. Agora não tem nenhuma novidade nessa questão. Nenhuma - afirmou.

Em sua avaliação, os vazamentos de quebra de sigilo telefônico que envolvem ministros do seu governo, como o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, bem como as delações premiadas, precisam ficar mais claras.

- Tem uma hora que fica difícil. A gente não sabe quem diz, quem falou e se é garantido. Não tem clareza para nós. Para nós, a pergunta nunca vem muito clara. Quem diz, é verdade que diz. Quem garante que diz? E disse aquilo mesmo? Em que contexto? - afirmou.Segundo Dilma, o governo vai responder a todos os questionamentos feitos por jornais a respeito de "quem quer que seja".

- Então, nós responderemos, eu responderei qualquer coisa em quaisquer circunstâncias. Tem uma parte que é pública e notória, é repetição, não tem novidade nenhuma. E não é desse ano não. Há dois anos que corre por aí. Já teve até em CPI. Então, querem a informação, eu dou, não só o calhamaço feito, mas todas as atas do Conselho da Petrobras - disse. Aqui esta a entrevista completa

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração