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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Lula na Europa denuncia o golpe.



Em visita a Berlim, o presidente Lula falou na Conferência Internacional do Congresso do SPD (Partido Social Democrata da Alemanha) para 300 delegados de 40 países.

Apresentado como um “convidado extraordinário”, por Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, Lula começou denunciando a tentativa de impeachment como “uma tentativa de golpe explícito contra a presidente Dilma e o Brasil”.

Lula contou a manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o pedido de impeachment por vingança" em retaliação aos parlamentares do PT não o apoiarem no processo que corre contra ele no Conselho de Ética da Câmara".
"Vocês sabem que nós tivemos, ano passado, uma eleição muito dura no Brasil. Quando a presidenta Dilma terminar seu mandato em 2018, o PT será o partido que mais tempo governou o Brasil. E me parece que alguns setores da sociedade, que perderam a quarta eleição no Brasil, não querem permitir que a presidenta Dilma conclua seu mandato.
(...)
Imaginem vocês que não existe nenhuma acusação contra a Dilma. Não há nenhum ato ilegal cometido pela presidenta. Eu duvido que tenha um brasileiro ou brasileira que sequer pense que a presidenta Dilma é desonesta.
(...)
Por isso, o que está em jogo não é a presidenta Dilma, mas o Estado Democrático de Direito em nosso país", disse.
Lula também criticou a votação para a escolha dos deputados que irão integrar a comissão do impeachment. "Numa afronta jamais vista no país", Cunha não aceitou a lista dos partidos e resolveu realizar a votação secreta para compor a comissão do impeachment, disse Lula.

Além da situação política no Brasil, Lula incentivou os partidos sociais-democratas do mundo a buscarem uma nova utopia, para atender a esperança da juventude do mundo.

O ex-presidente criticou a falta de instituições globais e os conflitos que geram massas de refugiados no mundo. “Eu quero saber que instituição autorizou a Guerra do Iraque? O ataque à Líbia, quando o país não era uma ameaça para ninguém? Quem se responsabiliza?”

Antes, o presidente Lula se encontrou com o vice-chanceler da Alemanha e presidente do partido social-democrata alemão (SPD), Sigmar Gabriel.

Gabriel contou sobre os avanços da Aliança Progressista, uma rede com mais de 120 partidos progressistas e de esquerda de todo o mundo. Ele convidou Lula a integrar uma comissão especial para elaborar um relatório que avalie a questão ambiental sob o ponto de vista da inclusão social e defesa do emprego.

Abaixo, o áudio da íntegra do discurso:

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