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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Conselho de igrejas cristãs critica o golpe



O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), composto pelas igrejas Evangélica de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista e Católica, divulgou nota em que afirma que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se baseou em "argumentos frágeis" ao abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No documento, o Conic sustenta que o processo de impeachment não tem legitimidade e que o afastamento de Dilma "nos conduziria para situações caóticas".

"Vemos com muita preocupação que o presidente da Câmara tenha acolhido um pedido de impeachment com argumentos frágeis, ambíguos e sem a devida sustentação fática para acusação de crime de responsabilidade contra a presidente da República", diz o pronunciamento. "Perguntamos quais seriam as consequências para a democracia brasileira diante de um processo de deposição de um governo eleito democraticamente em um processo sem a devida fundamentação."

Já o pastor Omar Silva da Costa, presidente do Conselho Nacional de Pastores e da Convenção Geral das Igrejas Assembleias de Deus no Brasil, disse que as duas instituições defendem a abertura do processo. "Se Dilma for condenada".

Pastora luterana e ex-presidente do Conic, Lusmarina Garcia disse que o impeachment não tem bases legais, pois sua "argumentação legal" é "muito frágil". "É uma ação irresponsável por parte do presidente da Câmara e uma agressão às regras da democracia. Dilma foi democraticamente eleita e o seu impeachment seria um golpe", disse ela, que considerou "natural" e "previsível" a Assembleia de Deus se manifestar a favor do processo, já que Dilma "contraria alguns interesses conservadores".

Clemir Fernandes, pastor da Igreja Batista e sociólogo do Instituto de Estudos da Religião (Iser), afirma que nem sempre as crenças têm a mesma opinião política, mas que o cenário é comentado pelos líderes em cultos. "Nas igrejas em que circulo, mesmo que um pastor manifeste uma posição política, isso não tem alterado as opiniões dos fiéis." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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