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sábado, 14 de novembro de 2015

Presidente do Supremo alerta para risco de golpe institucional contra Dilma



O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, disse ontem que o País precisa ter "paciência" nos próximos três anos e não embarcar em um "golpe institucional" que, segundo ele, pode por em risco as instituições democráticas.

A fala do presidente do Supremo ocorreu em palestra em uma faculdade de São Paulo e foi a mais incisiva até agora de um chefe de Poder em defesa da preservação do mandato da petista, que vai até 2018.

 Dilma é alvo de pedidos de impeachment já protocolados na Câmara dos Deputados.

"Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou o presidente do STF, em palestra na Fadisp, uma faculdade de direito na zona oeste de São Paulo.

PASSADO TENEBROSO

 "Estes três anos [após o "golpe institucional"] poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros", afirmou Lewandowski.

No contexto em que mencionou "cortina de fumaça", o presidente do Supremo Tribunal Federal se referia a uma crise que ele considera eivada de "artificialismo". Na visão de Lewandowski, a crise do país tem mais fundo político do que econômico.

"O STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços que estamos vivendo", disse.

Lewandowski critica atuação do Congresso

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski criticou, ontem, a atuação do Congresso, ao elogiar a decisão tomada pela Corte de suspender as doações ocultas de campanha. Enquanto comentava a determinação do dia anterior, Lewandowski afirmou que o Judiciário está assumindo papéis da competência do Legislativo que, segundo ele, se dedica, hoje, a funções que deputados desconhecem. Para o presidente do STF, "investigar não é para amador" - em referência às Comissões Parlamentares de Inquérito instaladas na Câmara e no Senado para apurar eventuais esquemas de corrupção. "Essa ideia de separação tão absoluta de poderes hoje não sei se ainda vigora. Sobretudo no momento que o STF tem um protagonismo um tanto quanto maior resolvendo questões tais como essa de ontem. É matéria própria do Congresso Nacional, mas que o Congresso Nacional hoje não tem como resolver", disse Lewandowski, durante uma palestra realizada em uma universidade da zona oeste da cidade de São Paulo.

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