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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

'Maior ficha suja do País' é preso pela terceira vez neste ano em operação no MT


Terceira prisão em 2015


Esta é a terceira prisão do ex-deputado neste ano.  A primeira ocorreu no dia em 21 de fevereiro durante a deflagração da Operação Imperador, que investiga fraudes em licitações da Assembleia. O ex-deputado é apontado como líder da organização que teria desviado mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos com falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”.

Solto no dia 24 de junho, após decisão do Supremo Tribunal Federal, o político voltou a ser preso uma semana depois pelo Gaeco, na operação Ventriloquo, que investiga uma organização criminosa instalada na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso e que teria desviado milhões de reais dos cofres públicos. As medidas até então em cumprimento são de mandados de prisão preventiva, buscas e apreensões e conduções coercitivas. Após voltar para o Centro de Custódia, o ex-parlamentar foi solto um dia após ser preso, em nova decisão do STF.

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Riva (PSD), conhecido como maior ficha suja do País, foi preso na terça-feira, 13, na segunda fase da Operação Metástase, denominada 'Célula Mãe'. Esta foi a terceira prisão de Riva em 2015. Ele é réu em mais de uma centena de ações criminais e cíveis. Em junho, a Justiça determinou o sequestro de 110 imóveis (urbanos e rurais), 31 veículos e uma aeronave do ex-deputado.

A nova etapa da Metástase foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto por promotores de Justiça. Integram a missão delegados de polícia, policiais militares e civis. A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda, decretou também a prisão preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram ligados à presidência na gestão de Riva: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral do Legislativo, Manoel Marques.

De acordo com o Gaeco, 'Célula Mãe' é resultado de investigações complementares sobre supostos crimes cometidos no gabinete do ex-presidente da Assembleia, relacionados à gestão de recursos públicos denominados 'verba de suprimentos'. O Ministério Público de Mato Grosso indica que o dinheiro desviado servia para o pagamento de despesas pessoais do ex-deputado, como o combustível de sua aeronave particular e pagamento de honorários de advogados.

Os investigadores apontam que José Riva teria usado parte do montante para o pagamento de um 'mensalinho' para políticos e lideranças do interior do Estado. A distribuição de 'mimos', como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas também fariam parte da lista.

Em 23 de junho, os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) soltaram José Riva, que estava preso desde fevereiro deste ano. Em 1 de julho, o ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu decisão liminar para soltar o ex-deputado, que havia sido detido pela segunda vez no mesmo dia, com base em decreto da 7ª Vara Criminal de Cuiabá (MT).

Os promotores do Gaeco afirmam que as prisões foram decretadas com base na garantia da ordem pública e conveniência da instituição criminal. "Salienta-se que todos os servidores ouvidos pelo Gaeco na primeira fase da Operação Metástase (com exceção dos líderes da organização) afirmaram a existência de um estratagema criminoso arquitetado pelos líderes visando dificultar a descoberta da verdade, com a consequente blindagem do núcleo criminoso. Outras frentes estão sendo abertas e novas fases não estão descartadas", diz nota do Ministério Público de Mato Grosso.

Em junho, a Justiça de Mato Grosso determinou o sequestro de 110 imóveis (urbanos e rurais), 31 veículos e uma aeronave de propriedade do ex-deputado.

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