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sábado, 26 de setembro de 2015

Colunista tucano: Cavaleiros do impeachment não passam de moleques brincando de Idade Média



Você sabe que o ex candidato a presidência derrotado por Dilma não está agradando nem a Folha golpista, quando o colunista tucano  Demétrio Magnoli, aliado dos tucanos escreve um artigo assim:

Cavaleiros do impeachment

Na madrugada, os oportunistas votaram. Dos 51 deputados federais do PSDB que participaram da sessão coruja da Câmara de quarta-feira consagrada à análise do veto presidencial à flexibilização do fator previdenciário, apenas um conservou-se fiel à regra instituída por FHC. Samuel Moreira (SP), o deputado coerente, explicou-se apelando ao óbvio: "Criar mais despesas para a Previdência não é prudente no momento em que o país está vivendo, com os cofres públicos dilapidados". Sob o encanto do impeachment, todos os demais revelam-se dispostos a queimar o navio para limpar um de seus porões. O principal partido de oposição, que não tinha rumo nos tempos áureos do lulopetismo, segue sem bússola na hora da mudança.

Meses atrás, José Serra disse que "impeachment não é programa de governo". O alerta não foi ouvido por um setor crucial do partido que abrange Aécio Neves e a bancada tucana na Câmara. Seduzidos pelo canto das ruas, os cavaleiros do impeachment reduziram a política à sua menor dimensão, substituindo o imperativo de derrotar uma narrativa sobre o Estado e a sociedade pela meta exclusiva de derrubar a presidente. No caminho, enfiados em armaduras medievais, atrelaram o PSDB ao jogo de conveniências do PMDB de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha. 

De fato, em nome de um objetivo que depende de outros, renunciaram a fazer o que está a seu alcance.

O fator previdenciário não se confunde com o ajuste fiscal de Dilma Rousseff, (...) . Na madrugada do oportunismo, os deputados tucanos desperdiçaram a oportunidade de desmascarar a narrativa lulopetista, revezando-se ao microfone para explicar que o veto presidencial é a homenagem prestada compulsoriamente pelo vício à virtude. Mas, no lugar de confrontar o FHC do fator previdenciário à Dilma do colapso fiscal, escolheram perder duas vezes, nas esferas do voto e dos princípios.

 Os cavaleiros do impeachment não passam de moleques brincando de Idade Média.

Certo ou errado, justo ou inevitável, o impeachment situa-se fora do território controlado pelos tucanos

 Os cavaleiros do impeachment não têm poder para obter uma coisa nem a outra. Mas se desqualificam perante a opinião pública ao cortejar inutilmente os caciques peemedebistas envolvidos nos escândalos de corrupção.

A obsessão dos cavaleiros do impeachment envia a mensagem errada à sociedade brasileira. Os cavaleiros do impeachment desviam-se do alvo certo, enquanto exibem às ruas suas espadas reluzentes.

"Programa de governo", disse Serra, em meio ao alvoroço da molecada. Na crise do lulopetismo, os tucanos têm a chance de desenhar na lousa vazia algumas ideias básicas sobre o futuro. Mas, pelo visto, seu futuro é mesmo uma lousa vazia. Viva Samuel Moreira!



1 Comentários:

ANTONIO LUIZ disse...

Eu participava de uma reunião de executivos de uma grande empresa, em que ali se discutia assuntos internos, e que buscavam-se em conjunto, medidas práticas para cada setor, todos ali fizeram criticas internas nos seus setores, sem apresentarem alternativas, o presidente tomou a palavra e foi bastante enfático: Já ouvimos o bastante, essa reunião esta encerrada, voltem para seus setores e respondam de lá o seguinte questionário: Para cada fator critico que voce levantar, crie para ele no minimo quatro formas de soluciona-los, depois de testadas, na sua pratica de fazer, tragam para esta mesa, uma critica,mas acompanhada de quatro soluções praticas de como resolve-los, aqui, não podemos ser evasivos, estamos aqui para encontrar das quatro soluções, uma, a que for melhor.
Isso e Gerencia, Isso e governo! onde o congresso deveria se comportarem como chefes de setores da grande empresa, sendo todos subordinados ao dirigente maior, o governo, do contrario e uma casa da bagunça da mãe joana. sem comando onde qualquer um mete o dedo, e faz do seu jeito. Isso não e Governo,.
Que fique claro, Nós votamos em "UM" governo, e não em DOIS. Seja então! Governo, onde está ele?

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