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quinta-feira, 30 de julho de 2015

África do Sul terá o primeiro centro regional do Banco do Brics em 2016


Joanesburgo, na África do Sul, será sede do primeiro centro regional do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), ou o Banco do Brics, que passou a operar recentemente em Xangai, na China. O governo sul-africano espera que a implementação do centro impulsione o desenvolvimento da região, levando adiante a agenda de integração do continente. O centro deverá iniciar suas operações ainda no primeiro trimestre de 2016.

- A África subsaariana está entre as regiões de maior crescimento acelerado no mundo. Apesar disso, ainda há enormes desafios de desenvolvimento e infraestrutura que restringem o rápido crescimento econômico. O mais singular sobre o Banco é que ele foi criado por países em desenvolvimento que entendem os desafios do progresso e têm demonstrado sua habilidade em superá-los - explica Nhlanhlan Nene, ministro das Finanças da África do Sul. 

A entidade financeira multinacional foi criada pelos cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e pode se tornar uma alternativa ao FMI (Fundo Monetário Internacional) no financiamento das nações. O Banco do Brics pretende promover uma maior cooperação financeira entre os cinco países líderes, que somam 41,4% da população mundial e mais de 25% do PIB do planeta. E, ao contrário do Banco Mundial, que determina os votos conforme a participação de capital de cada membro, o NBD permitirá um voto por país, sem previsão de vetos.


A África será representada por Leslie Maasdorp, como vice-presidente do banco, e Tito Mboweni, como diretor não executivo do conselho. Maasdorp foi CEO da AdvTech e Presidente da Merrill Lynch para África do Sul. Em 2002 foi o primeiro africano a ser nomeado como conselheiro internacional no Goldman Sachs International. Entre 1999 e 2002 liderou o programa de privatização do governo, onde serviu como Deputado Diretor-Geral. Em 1994 foi nomeado conselheiro especial de Mboweni, Ministro do Trabalho na época. Já Mboweni foi o oitavo governador do Tesouro Nacional da África do Sul e o primeiro negro sul-africano nomeado para o cargo. Foi Ministro do Trabalho, professor de economia na Universidade de Stellenbosch e presidente da AngloGold Ashanti Limited.

O NBD representa um grande passo no desenvolvimento sul-africano. Com um capital inicial de US$ 50 bilhões, podendo chegar a US$ 100 bilhões, cada país do Brics terá uma parcela igual de US$ 10 bilhões e os empréstimos poderão ser concedidos a outros países em desenvolvimento, mercados emergentes e economias avançadas, mantendo sempre 55% destinados aos países integrantes do bloco.

- Uma abordagem coordenada entre as nações do Brics irá, definitivamente, ajudar a reduzir a volatilidade cambial e equilibrar a valorização das moedas, o que amplia o comércio e os investimentos na região - completa Jacob Zuma, presidente da África do Sul.

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