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terça-feira, 16 de junho de 2015

FMI adverte: terceirização e falta do IGF fazem mal para a economia dos países.

O FMI prova que tornar os ricos mais ricos não é bom para o crescimento

Um estudo publicado pelo FMI é devastador para desmontar as ambições neoliberais dos bilionários donos da Globo, dos tucanos e do Eduardo Cunha (PMDB).

O relatório coloca em xeque a PEC da terceirização ilimitada, recomenda criar o IGF (Imposto sobre grandes fortunas), combater a sonegação, e demonstra que concentração de renda prejudica o crescimento econômico.

Principalmente porque o estudo é publicado por uma instituição ortodoxa e conservadora como o FMI.

O estudo avaliou os impactos nos países mais ricos e já desenvolvidos. Se outro estudo abrangesse países mais pobres e em desenvolvimento, o impacto da melhor distribuição de renda no crescimento econômico poderia ser bem maior.

Eis algumas conclusões:

1) Cada 1% de crescimento na renda dos 20% mais pobres provoca 0,38% de crescimento econômico (isso em países já desenvolvidos, imagina nos países em desenvolvimento).

2) Cada 1% de crescimento na renda dos 20% mais ricos provoca diminuição do crescimento econômico em 0,08%.

3) A perda de direitos trabalhistas, como a terceirização e o enfraquecimento dos sindicatos, levou o abismo entre ricos e pobres no mundo atingir “seu nível mais alto em décadas”.

4) Mais flexibilidade nas regras de contratação e demissão, salários mínimos mais baixos e sindicatos menos poderosos estão associados a uma maior desigualdade.

5) Uma melhor distribuição da riqueza poderia ser obtida por impostos sobre o patrimônio, como o IGF, Imposto sobre Grandes Fortunas.

6) Reforço da luta contra a sonegação fiscal faz bem para melhorar a distribuição de renda e para o crescimento econômico.

7) Avanços tecnológicos também causam concentração de renda, ao atingirem, principalmente, os trabalhadores de escolaridade baixa. Logo, exigem mecanismos de compensação para quem lucra mais com tais avanços contribuir mais para fazer a inclusão produtiva daqueles que perdem empregos e de pequenos negócios que não sobrevivem.

8) A crise mundial iniciada em 2008 reforçou a desigualdade, com lobistas do mercado financeiro impedindo maior regulação.

9) Os 1% mais ricos ficam com cerca de 10% do total da renda das economias avançadas (no Brasil, apesar da melhoria nos últimos anos, os 10% mais ricos ainda ficavam com 41,7% da renda nacional em 2013).

10) Agora a renda dos 10% mais ricos subiu para 9 vezes maior do que a renda dos 10% mais pobres.

Embora o documento não represente uma posição oficial do FMI, sua divulgação pelo órgão mostra que não dá mais para tapar o sol com a peneira diante do crescente aumento da desigualdade nos países desenvolvidos.

O documento foi elogiado pela ONG Oxfam, uma das principais do Reino Unido: “O FMI prova que tornar os ricos mais ricos não é bom para o crescimento”, salientou o diretor da organização em Washington, Nicolas Mombrial. (Com informações do Monitor Mercantil).

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