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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Quem é o exótico autor do HC usando o nome de Lula?


O autor do Habeas Corpus em nome do presidente Lula, sem que o ex-presidente soubesse, foi um cidadão de Campinas de nome Maurício Ramos Thomaz.

Thomaz já impetrou dezenas de outros HC (talvez centenas, se buscar nos diversos tribunais) e outros tipos de petições em nome de outras pessoas famosas, sem que a pessoa soubesse.

Um dos casos foi defender Diogo Mainardi, também sem pedir licença, quando o ex-colunista da Veja foi processado por Paulo Henrique Amorim. Pediu trancamento de ações penais de diversos réus da AP470, também sem conhecimento deles. Outro alvo recente de sua "boa vontade" foi Nestor Cerveró.

Teve boa intenção, no caso de Lula? Foi instrumentalizado pela oposição? Quis apenas aparecer? Problemas psiquiátricos? Um pouco de uma coisa e um pouco de outra?

Apesar desta sua ação só servir para a oposição e para o PIG atacarem o presidente Lula, é difícil saber o que se passou pela cabeça dele e quais foram suas intenções, até agora.

Uma rápida pesquisa mostra que Maurício Ramos Thomaz tem uma personalidade bastante exótica.

Mereceu um capítulo inteiro no livro do jornalista Caio Túlio Costa descrevendo sua experiência de dois anos como primeiro Ombudsman do jornal Folha de São Paulo, em 1989.

Caio Túlio descreve Maurício Ramos Thomaz como seu mais obstinado leitor (e da Folha) naquele período, escrevendo quase que diariamente, às vezes cartas de 12 páginas, opinando e criticando sobre tudo que saía no jornal, seja nas cartas dos leitores, seja para o próprio ombudsman, tendo inclusive polemizado com Delfim Neto, que o citou em um artigo. Era morador de Mozambinho (MG), ávido leitor do jornal e de livros, com boa bagagem intelectual, socialista, petista, inteligente, e às vezes presunçoso, segundo a narrativa Túlio. Isto em 1989.

Túlio diz que o apelidou de "positivista empedernido" em um momento de irritação, mas trata Thomaz com carinho, dizendo que foi o ombudsman do ombudsman, em sua gestão.

O capítulo termina dizendo que se afastaram e a última vez que se falaram (o livro é de 2006), Thomaz vivia no interior de São Paulo tentando o jornalismo e enfrentava sérios problemas com a justiça, inclusive com mandado de prisão contra ele. Telefonou pedindo ajuda, mas sem deixar muito claro o que havia, segundo Túlio.

Talvez este episódio do mandado de prisão, aliado à uma busca pela fama, explique a obsessão Thomaz por HC's alheios para famosos.

A notícia interessante deixou de ser Lula, que acabou se tornando vítima de um ato de terceiros, explorado pela oposição que quer desgastá-lo. Falta explicar se este ato foi feito sem ou com má intenção, e se foi um ato solitário ou induzido por alguém da oposição.

A reportagem interessante é Maurício Ramos Thomaz.

1 Comentários:

Maria Diana disse...

Será essa, a VOLTA DA POLÍTICA " café com leite? "
CADÊ O " moro ? "

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