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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Janot cria força-tarefa para cuidar de processos de políticos citados


O procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, criou uma força-tarefa específica para cuidar dos processos dos políticos envolvidos na Operação Lava-Jato, que investiga suposto esquema de corrupção em contratos da Petrobras.

Oito procuradores ou promotores foram escolhidos pelo próprio Janot, que voltou de férias na segunda- feira e sinalizou, então, que pretende dar celeridade ao caso.

Além de analisar as informações já obtidas sobre o esquema, o grupo vai poder sugerir ações para apurar a participação de autoridades com foro privilegiado, como deputados, senadores e ministros, nos desvios ocorridos na estatal: buscas e apreensões, quebras de sigilo, pedidos de depoimentos e até assinar acordos de delação premiada - quando envolvido nas irregularidades revela os crimes para tentar reduzir as penas.

A corrupção na estatal foi delatada pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que, nos depoimentos, citou mais de 30 políticos, segundo uma fonte.

O caso é investigado também pelo Ministério Público e Justiça Federal do Paraná. As acusações envolvendo políticos foram encaminhadas à Procuradoria-Geral da República - responsável pela apresentação de denúncias contra as pessoas com foro privilegiado.

A cooperação vai continuar agora com a criação da equipe que vai auxiliar Janot na análise dos desdobramentos da operação, cujo relator no Supremo Tribunal Federal é o ministro Teori Zavascki.

Na força-tarefa, Janot reuniu profissionais de diferentes áreas, como combate ao crime organizado, cooperação jurídica internacional e centro de inteligência. O coordenador será o procurador regional Douglas Fischer, responsável pelas questões criminais da secretaria de apoio jurídico da PGR.

O grupo, que vai trabalhar por seis meses, só deve começar a se reunir em fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário e Janot deve apresentar as primeiras denúncias ou pedir investigação contra envolvidos na Lava-Jato que têm foro privilegiado.

Para cuidar do caso, Janot convocou um time experiente. Sergio Fernandes e Wilton Queiroz, por exemplo, são promotores de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e já trabalharam juntos na Caixa de Pandora, que revelou a corrupção no  mensalão do DEM e culminou até na prisão do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

Também fará parte da equipe o secretário de cooperação jurídica internacional da PGR, Vladimir Aras; além dos procuradores da República Bruno Calabrich, Fabio Coimbra, Rodrigo Telles de Souza e Andrey de Mendonça.

Os desdobramentos da Lava-Jato no Supremo só vão ocorrer após o fim do recesso do Judiciário, em 2 de fevereiro. Se a PGR entender que ainda não tem indícios suficientes para denunciar algum político supostamente envolvido no esquema, poderá pedir a abertura de inquérito.

Caberá a Zavascki autorizar a investigação. Em caso de forte suspeita contra um dos citados, Janot pode apresentar, de imediato, denúncia. Se algum governador for acusado, o caso será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Lista de políticos é mantida em sigilo

A lista de políticos vem sendo mantida em sigilo pela PGR, mas informações divulgadas na imprensa apontam para alguns dos futuros investigados, como o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que deve disputar a reeleição ao posto; e o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), candidato favorito à Presidência da Câmara. São suspeitos de terem se beneficiado com repasses ilegais , senadores e deputados do PMDB, boa parte da bancada do PP e políticos do PSB e do PSDB.

1 Comentários:

jose p junior disse...

Temos que fazer uma fachina nos corrupitos de todo o brasil

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