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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Empresa tem contratos suspeitos com Petrobras e com o PSDB na propinas de trens em SP


Uma das 11 empresas apontadas como integrantes de propinas  para o PSDB nos  trens em São Paulo também aparece na investigação da operação Lava-Jato, que apura indícios de corrupção, fraude a licitações e pagamentos de propinas a políticos e funcionários públicos com recursos supostamente desviados da Petrobras.

A empresa é a MPE Montagens e Projetos Especiais S.A., uma das responsabilizadas pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MPSP) em ação civil pública encaminhada à Justiça na sexta-feira.

Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social, a MPE integrou suposto cartel para reforma e manutenção de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre 2001 e 2002. O MPSP pediu reparação aos cofres públicos de R$ 418,3 milhões, em valores nominais.

Os promotores requereram ainda a dissolução da MPE e de outras nove empresas acionadas na Justiça: Siemens, Alstom, CAF (Brasil), TTrans, Bombardier, MGE, Tejofran, Temoinsa e Mitsui.

"De todo modo, a conclusão a que se chega é que as condutas anticompetitivas das empresas cartelarizadas impediu que a CPTM obtivesse as melhores propostas comerciais.

Como consequência, houve o aumento arbitrário dos preços do contrato", afirmaram os cinco promotores que assinam o pedido encaminhado ao Fórum da Fazenda Pública, em São Paulo.

Em computadores do doleiro Alberto Youssef, alvo da operação Lava-Jato, a Polícia Federal (PF) encontrou um "acordo de confidencialidade" entre a Petrobras Distribuidora e a CSA Project Finance Ltda, controlada pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010, e pelo doleiro.

O TCU suspeitou de sobrepreço.

A MPE venceu a concorrência da Petrobras com R$ 162 milhões acima do valor oferecido por três outras participantes. O tribunal também considerou a desclassificação das concorrentes irregular. Mesmo avaliada com "péssimo desempenho" no cadastro da Petrobras, a MPE foi contratada pela estatal.

A obra não foi suspensa porque o TCU entendeu que a paralisação do contrato causaria prejuízos maiores aos cofres públicos.

Em São Paulo,  no governo do PSDB Geraldo Alckmin, a empresa participa de grandes obras na área de transporte. Integrante do consórcio Monotrilho Integração, é uma das responsáveis pelo monotrilho que fará a ligação entre o aeroporto de Congonhas e linhas do metrô e CPTM. Em parceria com a Siemens no Consórcio Linhas Leste, participa de obras das linhas 11- Coral e 12-Safira da CPTM.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a empresa doou para campanhas apenas em 2010, com R$ 620 mil. Do Valor

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