Pages

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Palanques estaduais usam de Dilma a FHC


 O primeiro dia da propaganda eleitoral no rádio e TV para candidatos a governador mostrou uma variedade de estratégias regionais que exibiram ou esconderam os maiores cabos eleitorais do país.

No palanque triplo e mais eclético entre as 27 unidades da Federação, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), associou sua imagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à presidente Dilma Roussef, ambos petistas, e até ao antecessor deles, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que costuma ser evitado pelos marqueteiros de campanhas tucanas. Mostrou foto com os três - sendo duas vezes com Dilma, cujo partido apoia seu adversário Robinson Faria (PSD).

Em situação semelhante, no Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também abriu seu palanque a Dilma, ao se apresentar como ex-presidente da Embratur. Dino evitou qualquer referência à candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência, apesar de o PSDB estar em sua chapa. Nas visitas de Aécio ao Estado, Dino também tem evitado aparecer ao lado do tucano. Seu principal adversário, Lobão Filho (PMDB), por sua vez, não mostrou Dilma, e sim o ex-presidente petista, citado no jingle que associa o "PAC do Lula" ao "PAM do Maranhão".

No Rio, da mesma forma que no Maranhão, o candidato que fechou coligação com o PSDB não apresentou Aécio. Nas inserções durante a programação normal - os spots, que pegam o eleitor de surpresa - o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) contou com uma fala de Dilma defendendo sua candidatura. Seu adversário, Lindbergh Farias, do mesmo partido da presidente, contra-atacou com um spot no qual Lula apareceu pedindo votos para a sua candidatura.

Os outros dois palanques de Dilma, Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB), não fizeram menção ao apoio dos maiores cabos eleitorais petistas - o que não significa que não venham a utilizá-los durante a campanha.

Pezão, já no primeiro dia, não teve receio de se apresentar ao lado do antecessor e correligionário Sérgio Cabral - de quem era vice e que saiu com um dos índices de popularidade mais baixos entre todos os governadores que iniciaram mandato em 2010. Em contraste, Lobão Filho praticamente escondeu Roseana Sarney (PMDB). A governadora apareceu em dez segundos dos 9min30s da propaganda, sem falar nada.

O pragmatismo do PMDB também pôde ser verificado no Ceará. O senador Eunício Oliveira mostrou duas fotos com Lula - ao lembrar que foi ministro das Comunicações - apesar da intensa e mal sucedida pressão para que o PT local o apoiasse. Eunício coligou-se com o PSDB de Aécio Neves, mas ainda não exibiu o presidenciável. Quem apareceu muito, e lhe serve de cabo eleitoral, é outro tucano, o ex-governador Tasso Jereissati, que tenta voltar ao Senado.

Em São Paulo, o empresário Paulo Skaf (PMDB) atacou o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas a partir de uma plataforma independente, sem recorrer ao plano nacional, no qual seu partido é aliado ao PT e está na chapa de Dilma, com o vice Michel Temer. A menção aos dois só foi feita em três rápidas vinhetas no horário reservado aos deputados estaduais. Nem Alckmin nem Alexandre Padilha (PT) utilizaram, respectivamente, Aécio ou Dilma, embora o petista tenha mostrado um depoimento de Lula.

Já no Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro (PT) ressaltou o alinhamento com o governo federal e exibiu uma inserção da presidente Dilma. Sua maior adversária, a senadora Ana Amélia (PP), mostrou rápida imagem de comício com a presença de Aécio Neves.

Tanto Tarso Genro quanto Ana Amélia prestaram homenagem a Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo e que concorreria à Presidência. Vários candidatos a governador também lembraram o pessebista, cuja imagem é disputada na Justiça pelos dois maiores concorrentes em Pernambuco, terra de Campos.

No Distrito Federal, o governador Agnelo Queiroz (PT), contou com depoimento de Lula, e de Dilma, só à noite. O candidato tucano Luiz Pitiman mostrou Aécio.

Outros dois que estrearam programas à margem do cenário nacional foram José Melo (Pros), que não citou Aécio no Amazonas, e Roberto Requião (PMDB), que não se vinculou a Dilma no Paraná. Valor

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração