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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Datafolha sob suspeita: "nanicos" somam 4%. Com PSC chega a 7%.


Tem gato na tuba do Datafolha publicado hoje (9).

Quatro candidatos "nanicos", Randolfe Rodrigues (PSOL), Denise Abreu (PEN), Eduardo Jorge (PV) e José Maria (PSTU) aparecem com 1% cada, somando 4%. Isso dá cerca de 5 milhões de votos. Se somarmos aos 3% do candidato do PSC, Pastor Everaldo, chega-se a 7%.

Para se ter uma idéia, em 2010, o candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, depois de ampla exposição no horário eleitoral, em entrevistas nos telejornais, depois de participar de todos os debates, teve 0,87% de votos válidos (886.816 votos). Zé Maria, do PSTU, teve 84.609 votos (0,08% de votos válidos).

É provável que só Randolfe Rodrigues tenha os 1% de fato, representando a base eleitoral do PSOL.

É claro que 1% está dentro da margem de erro, significando que cada um destes candidatos pode ter zero pontos. Mas a soma totalizando 4% prejudica a confiança na pesquisa.

Para aumentar a falta de confiança na pesquisa, no cenário com os 3 principais candidatos, Dilma sobe para 41%, enquanto Aécio apenas oscila para 22%.

Outra coisa que não cheira bem nesta pesquisa Datafolha é os votos bancos e nulos caírem 4% enquanto Aécio subiu os mesmos 4%. Há fortes indícios de que a metodologia de não incluir no disco da pesquisa estimulada a opção brancos/nulos induz quem está inclinado a anular o voto, a escolher um nome que está no disco por achar que é obrigado a responder um nome. E com o bombardeio do noticiário anti-Dilma, a pesquisa está induzindo o pesquisado a escolher um nome da oposição.












Disco da pesquisa estimulada induz eleitor que pretende anular o voto a escolher um nome. Como quem vota nulo em geral está contra o governo, a pesquisa distorce intenções de votos a favor da oposição.

Todos estes fatos se agravam no caso do Datafolha, porque a pesquisa é feita na rua, com transeuntes. A pressa leva as pessoas a responderem com menos reflexão e menos seriedade.

Não custa lembrar também que o Datafolha foi o único instituto nas eleições de 2010 que manteve Serra na frente de Dilma até julho, enquanto os outros institutos mostravam Dilma na frente desde maio.

Boas notícias para Dilma

Registrado estes fatos esquisitos, mesmo assim, e mesmo a pesquisa sendo do Datafolha, instituto ligado ao jornal demotucano Folha de São Paulo, trouxe boas notícias para Dilma, mesmo que as manchetes estejam forçando a barra, falando em segundo turno.

A primeira boa notícia é que Dilma estabilizou as intenções de votos e a popularidade (as oscilações foram dentro da margem de erro). Sinal de que a estratégia oposicionista de "sangramento" via imprensa demotucana está dando sinais de fadiga antes do esperado e sendo insuficiente para gerar expectativa de vitória à oposição. Mostra que a presidenta tem uma resistência bastante alta para apanhar e se manter de pé com ampla vantagem sobre os adversários.

A segunda boa notícia é que o "plano B" do eleitor não está na oposição. É o presidente Lula. Como Lula apoia Dilma, a tendência é Dilma voltar a crescer novamente. Esse fato é devastador para a oposição, porque inibe os doadores de campanha a investirem nas candidaturas da oposição por não verem chance. Se acontecesse uma calamidade com a popularidade de Dilma, ainda sim o PT teria a opção Lula, não sobrando chances para a oposição.

A terceira boa notícia é as expectativas dos cidadãos sobre inflação, emprego, prosperidade estão mais otimistas. Quem tem o que ganhar com isso é justamente a candidatura de Dilma.

1 Comentários:

Garivaldino Ferraz - Brasília disse...

O Datafolha está com medinho de colocar o Deputado Jair Bolsonaro nessa pesquisa? Se ainda não há candidatos oficiais, somente pretendentes, não há motivo para "eliminar previamente" quem se manifesta como possível candidato.

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