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sábado, 12 de novembro de 2011

Brasil vai bancar médicos de Cuba

O governo vai bancar uma espécie de cursinho para que médicos formados em Cuba possam atuar no Brasil. A ideia é facilitar a revalidação dos diplomas, oferecendo um reforço gratuito em universidades brasileiras com assuntos não abordados na graduação cubana, como noções do Sistema Único de Saúde (SUS). O curso seria dado antes da prova para reconhecimento do diploma. Sem a validação, eles não podem trabalhar no País.

Atualmente, para ter autorização de exercício profissional, médicos formados em outros países têm de passar por um exame organizado nacionalmente, o Revalida, ou se submeter a provas feitas por algumas universidades federais – que não aderiram ao exame nacional. O processo, no entanto, não é fácil......


Neste ano, dos 677 inscritos no Revalida, 65 foram aprovados. Em 2010, quando a prova foi lançada, os resultados foram mais baixos: dos 628 candidatos, dois tiveram permissão para trabalhar no Brasil. Com o reforço, brasileiros formados em Cuba teriam mais chances no exame de validação.

Assinado em setembro durante uma visita a Cuba do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o acordo entre universidades estaduais e a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), de Cuba, permite ainda que, durante o período de aperfeiçoamento, profissionais trabalhem, numa espécie de estágio.

A Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, já prepara os detalhes do curso. Além das aulas teóricas e práticas, os formados receberiam, no período de dez meses do curso, uma espécie de bolsa de ajuda de custo, no valor de R$1.240.

O reitor da universidade, Joaquim Bastos, prevê que, além dos R$ 2 milhões para bolsas, seriam necessários recursos para paga cerca de 15 professores que ficariam responsáveis pela formação. Ainda não se sabe, no entanto, quem vai pagar a conta. Isso se resolve. O projeto tem todo empenho da secretaria da saúde, simpatia do governo do Estado e do ministro.”

Oficialmente, ninguém assume a responsabilidade. O Ministério da Saúde, por meio da assessoria, disse que o projeto tem apoio de Padilha. Mas não há previsão de oferta de recursos, nem de envolvimento da pasta no projeto.

O secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, avisou que não há nada definido. Terça-feira, em Brasília, disse que os projetos estão avançados, mas admitiu haver preconceito em relação ao curso feito em Cuba. ”O nível do ensino é muito bom”, garantiu. Mesmo sem saber de onde dinheiro virá, Bastos recebeu a recomendação de preparar um curso já para. “Não será uma iniciativa eterna. A ideia é fazer dois, três cursos.” Estado

4 Comentários:

Claudy Faustino disse...

Excelente ação do ministério da saúde. Sabemos que não há escassez de médicos em nosso país, e sim a distribuição desigual por nosso território. A realocação de profissionais onde a carência é crônica pode contar com a ajuda dos profissionais formados em Cuba.

Anônimo disse...

Parabens ao governo. So não entendo pórque Lula não tomou essa atitude antes. Deve ser o corporativismo dos medicos daqui, que não querem competentes profissionais a lhes fazerem sombra.
Mas de toda a forma é uma atitude feliz, que o povo brasileiro so terá a ganhar, assim como esta ganhando ha tempos o povo venezuelano, que tomaram essa atitude ha uns 10 anos atras.

Simpson Bonner

Anônimo disse...

O embate dos "comunistas" do PC do B que mandam nos Conselhos Regionais e no Conselho Federal há pelo menos 30 anos é apenas com Cuba. Chegaram ao cúmulo de dizer que a medicina de Cuba é curandeirismo. Mas esses "comunistas" jamais se dispuseram a ir ou mandar seus filhos formados em Medicina a ir tabalhar em lugares afastados e no interior pelo Brasil afora. Os formados em Cuba, educados como os cubanos dentro do espírito de solidariedade e desprendimento, do SER acima do TER, sedispõem a trabalhar nesses lugares que carecem de profissionais da Saúde.Um desses presidente de Conselho de Medicina, que tem dois filhos formados em Cuba chegou a publicar umvartigo em jornal de lá contra a revalidação, obrigando com sua atituide, os próprios filhos a sair do país e ir trabalhar nos países das respectivas esposas. Muitos dos que ficaram aqui tentando revalisar foram obrfigados a trabalhar em Mac Donalds.O Brasil é o único país em que isso está acontecendo.

Ana Cruzzeli disse...

Essa historia é antiga, tentou-se fazer isso aqui em Brasilia quando o PT assumiu com o saúde em casa. Só que não tinha cobertura legar e não foi reeditado. Houve até desdobramento negativo, quando se criou o ICS ( Instituto Candango de Solidariedade). O Joaquim Roriz pegou a brecha legal do Instituto e usou como cabide de emprego. Naquela epoca o FHC não estava nem aí para o SUS tanto é verdade que o dinheiro foi desviado para pagamento dos juros da divida publica.

Acho que avançamos muito de 2003 pra cá e o caminho mais confiável é o direito internacional, o caminho mais promissor é o HOSPITAL DA UNASUL OU MERCOSUL, que poderá ser construido ou na capital do Amazonas, Pará ou Roraima. O Brasil que tem o maior PIB da UNASUL pode bancar o espaço e instalações e a manutenção ficaria a cargo da UNASUL.

Mesmo Cuba não participando da UNASUL seus profissionais podem ser contratados pelo organismo haja visto a sua não restrição internancional.

O Hospital da UNASUL é o caminho para trocar experiencias cientificas-médicas e por outro lado reforçar os laços de união entre os latinos-americanos.
Eu sonho com esse hospital desde que eu conheci essa tal UNASUL e acho que se tem um continente que isso pode dar certo é entre nos sul-americano. Poderemos no futuro puxar os centro-americanos e os norte-americanos e fechar um bloco via medicina ampla, geral e irrestrica, onde ninguém será discriminado por sua lingua,moeda, cor ou raça.

Imagina um centro de alta-complexidade bancada pela UNASUL? Transplantes, doenças genéticas, doenças degenerativas que são necessários profissionais altamente especializados? Eu ainda sonho que não só o comercio una os americanos como um todo. O Fidel Castro sabia que a medicina seria o caminho e ele estava super certo. Se tem uma coisa que une as pessoas é a saúde.

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