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sábado, 24 de janeiro de 2009

Se vale para Cacciola vale para Battisti


O ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) comparou nesta sexta-feira (23) o caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti com o do ex-banqueiro Salvatore Cacciola preso em Mônaco, no final do ano passado, cuja extradição foi negada pelas autoridades italianas. Para o ministro, é natural o surgimento de opiniões e críticas em situações que ele chamou de "complexas e difíceis".

"Essas são coisas naturais. Eu me lembro quando o Salvatore Cacciola estava na Itália e o governo brasileiro pediu a extradição e as autoridades italianas não concederam, movimentos sociais protestaram", disse Dulci.

Em seguida, o ministro afirmou: "Essas decisões são complexas e difíceis têm que ser tomadas, de uma forma ou de outra, têm de ser tomadas. Há opiniões variadas, é natural. Acredito que o governo brasileiro encare com naturalidade como manifestações de opinião, fazem parte".

Na ocasião em que o Brasil pediu a extradição de Cacciola, a Itália alegou a ausência de acordo de reciprocidade em processos de extradição. Como o Brasil não extradita brasileiros procurados pela Justiça de outros países, a Itália se recusou a extraditar Cacciola, que é cidadão italiano.

Carta

Nesta sexta-feira, o Itamaraty encaminhou à embaixada da Itália no Brasil a carta de Lula em resposta ao presidente italiano, Giorgio Napolitano. Na correspondência, elaborada por especialistas do Ministério da Justiça, Lula justifica as razões pelas quais foi concedido o refúgio político a Battisti.

No último final de semana, a carta de Napolitano foi entregue a Lula. Mas antes o governo italiano divulgou o conteúdo do documento que defendia a extradição do ex-ativista e pedia a revisão da concessão de refúgio político.

O caso de Battisti depende de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que aguarda parecer do Ministério Público Federal sobre o pedido de liberdade. O ex-ativista está preso em uma penitenciária em Brasília.

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