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quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Popularidade do Presidente Lula em alta


Com um cenário benigno para a evolução do emprego, da renda e da inflação, a expectativa é de que o consumo das famílias cresça a um ritmo significativo nos próximos dois anos, diz o economista-chefe do Credit Suisse, Nílson Teixeira. Para ele e para outros analistas, isso tende a se traduzir na manutenção da popularidade da administração do Presidente Lula em níveis elevados, ainda que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) fique pouco acima de 3%. Em dezembro, pesquisa CNI/Ibope mostrou que 57% dos eleitores consideravam o governo Lula ótimo ou bom, acima dos 49% registrados em setembro. O aumento da massa real de salários deve ser um dos principais motores do consumo neste ano, assim como já ocorreu em 2006. O Credit Suisse espera um avanço de 6% em 2007, apostando em crescimento de 3,5% do salário médio real (descontada a inflação) e de 2,5% da ocupação. Em 2006, a massa cresceu 6,6%.

A perspectiva de inflação sob controle também tende a ajudar a manter a popularidade do governo Lula nas alturas, por implicar a manutenção do poder de compra da moeda. O Credit Suisse tem uma das previsões mais otimistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), estimando um indicador de apenas 3,2% neste ano, bem abaixo do centro da meta de inflação, de 4,5%. Em relatório, o banco avalia que "o resultado da eleição de 2006 e as pesquisas de opinião sugerem que os eleitores preferem a manutenção da estabilidade e da inflação baixa a uma aceleração do crescimento do PIB que ameace a estabilidade". Nílson Teixeira aposta que o consumo das famílias pode crescer 4,8% neste ano, uma aceleração forte em relação os 3,7% estimados para 2006. As perspectivas para o crédito também são favoráveis, diz Teixeira.

O estrategista-sênior para a América Latina do WestLB, Roberto Padovani, também acredita que a avaliação da administração Lula deve seguir favorável. "Quando se analisa a popularidade do governo, nota-se que ela é muito explicada pelas condições de renda." Roberto Padovani acredita numa expansão da massa real de salários de 5,1% neste ano, um número robusto. Ele é mais otimista quanto ao avanço do PIB em 2007. Com base num cenário formado por câmbio estável e juros em queda, ele aposta que a economia vai crescer 3,4% neste ano. As estimativas do mercado são de que o PIB tenha avançado algo como 2,8% em 2006.

O economista Bráulio Borges, da LCA Consultores, vê o PAC com olhos menos céticos, Para ele, é verdade que não há no programa medidas fortes de contenção das despesas correntes (como aposentadoria, pessoal, custeio da máquina pública), mas a aposta em mais investimentos públicos é favorável ao crescimento. Borges espera um avanço de 3,7% para o PIB, e considera possível que a expansão média anual de 2007 a 2010 fique próxima a 4%. O economista Bráulio Borges também acredita que a popularidade do governo vai seguir elevada e diz Nada, deve prejudicar a aprovação do governo Lula.

Helena

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